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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Resumo da Audiência Preliminar de Conrad Murray, Dia 2 (5 de Janeiro, 2011)

5 de janeiro de 2011, Audiência Preliminar, Dia 2

- Janet, LaToya, Randy, Rebbie, Katherine e Joe Jackson estiveram presentes

- Alberto Alvarez, Kai Chase e um dos paramédicos testemunham.

Depoimento de Alberto Alvarez

- Alvarez diz que ele foi o primeiro a entrar no quarto de MJ. Ele diz que quando entrou MJ estava esparramado para fora da cama, com sua boca e olhos abertos, e que Murray fazia massagem cardíaca com uma mão.

- Abaixo está parte do seu depoimento
"Ele parecia estar respirando?" perguntou Walgren.
"Não senhor," respondeu Alvarez.
"Sua boca e olhos estavam abertos?" o promotor perguntou.
"Sim," a testemunha disse.
"Ele parecia estar vivo ou morto?" perguntou Walgren.
"Morto, senhor," disse Alvarez.

- Alvarez disse que ficou petrificado com o que viu.

- Alvarez pergunta "Dr, Murray, o que aconteceu?" e Murray responde a ele "Ele teve uma reação alérgica"

- Alvarez relembra do momento em que os filhos de MJ, Prince e Paris, subiram as escadas com ele e de Paris gritando "Papai" e chorando.

- Murray diz "Tire eles daqui. Não os deixem ver o seu pai assim" para Alvarez.

- Alvarez disse "Eu falei, 'crianças, não se preocupem, vamos cuidar dele, por favor saiam.' E eu as tirei do quarto e deixei a porta entreaberta,"

- Depois de tirar as crianças do quarto, Alvarez notou que o pênis de MJ estava para fora de sua cueca e um tubo (catéter masculino) estava ligado a ele.

- "Ele agarrou um monte de garrafas, ou frascos, e me instruiu a colocá-los em uma sacola," depôs Alvarez, acrescentando que Murray também o mandou colocar um saco para administração intravenosa em outra sacola. Alvarez disse que pegou uma sacola plástica de uma cadeira e segurou enquanto o doutor a enchia de garrafas, e então a colocou dentro de uma sacola de lona marrom no chão, como Murray pediu que o fizesse. Ele também confirmou que a emergência ainda não havia sido chamada a este ponto.

- Alvarez disse que o saco para administração intravenosa tinha "muito pouco líquido" e notou que era uma "substância branca, leitosa" no fundo do saco. "Eu notei que dentro do saco havia um tipo de garrafa... e então notei que no fundo da garrafa havia uma substância leitosa", depôs Alvarez.

- Apenas depois de coletar as garrafas, Murray ordena a Alvarez que ligue para o 911. Ele liga para a emergência e naquela ligação diz que o médico de Jackson estava lá, e a operadora diz que o doutor seria a "autoridade maior".

- Alvarez diz não ter visto equipamentos de monitoramento de coração ou pressão sanguínea no quarto, mas Murray colocou um monitor de dedo em Jackson antes dos paramédicos serem chamados.

- Quando a operadora disse para transferir Jackson para o chão, Alvarez agarrou as pernas de Jackson e Murray a sua parte superior. Ele disse que naquele momento notou o IV na perna de Jackson, que teve de ser removido.

- No chão, Alvarez disse, ele fez massagem cardíaca enquanto Murray fazia respiração boca-a-boca no cantor. "Depois da segunda vez, ele respirou, virou pra mim e disse, 'Sabe, é a primeira vez que eu faço respiração boca-boca, mas eu tenho de fazer, ele é meu amigo'," disse Alvarez.

- No interrogatório da defesa, Alvarez reconheceu que não contou à polícia nas duas primeiras entrevistas que Murray ordenou a ele que removesse evidências importantes. Trecho do depoimento abaixo:

"Você não achou que isso era suspeito?" perguntou o advogado de defesa, Ed Chernoff.
"Aparentemente não, senhor," disse Alvarez.
"Você pensou que ele estava arrumando as coisas para ir ao hospital, certo?" o advogado perguntou.
"Sim, senhor," Alvarez respondeu.

- No interrogatório da defesa, Alvarez também foi questionado quanto a sua relação com a família Jackson e suas discussões com outros membros da equipe de MJ. Alvarez reconheceu que se recusou a falar com um investigador da defesa que o procurou, mas que em uma entrevista para a polícia ele disse que poderia vender sua história para a mídia no futuro.

- A defesa também testou Alvarez pedindo a ele para confirmar se estava escuro no quarto de MJ - sugerindo que suas observações podiam estar equivocadas.

- Os relatos da imprensa descrevem um Alvarez em lágrimas durante o depoimento.

Depoimento de Kai Chase

- Chase depôs que por volta de 12:05 Murray desce as escadas e diz a ela "Traga os seguranças, vá buscar Prince". Ela diz que falou a Prince que "algo pode estar errado com o seu pai."

- Chase depôs que pelo comportamento de Murray era evidente que era uma emergência. Ela também afirmou que Murray não pediu a ela que ligasse para o 911.

- Ela testemunhou que Murray geralmente descia por volta das 10 da manhã para pegar o suco que ela preparava para MJ - ela diz que naquela manhã Murray não desceu.

- Ela menciona que MJ estava em uma dieta extremamente saudável, tendo jantado salada de atum grelhado no dia anterior à sua morte e que ela achou estranho que a sopa de feijões brancos que ela preparou para MJ e Murray na noite anterior e deixou na geladeira para quando eles retornasssem dos ensaios estivesse intocada quando ela chegou no dia seguinte (8:30 da manhã).

Depoimento do paramédico Richard Senneff

- O paramédico Seneff disse em depoimento que o que Murray contou a eles não encaixava e que ele tinha um pressentimento de que Murray não estava falando a verdade.

- Por exemplo, Senneff conta que quando eles entraram no quarto Murray disse a eles que o incidente havia acontecido naquela hora, mas baseado nas pupilas dilatadas de MJ, olhos ressecados e sua pele, que estava fria ao toque, Senneff acreditava que Jackson poderia estar morto há mais de 20 minutos. "Tudo o que eu posso dizer a você é que eu pressentia no momento que aquilo não havia acontecido naquela hora, havia passado um tempo," testemunhou Senneff.

- Senneff também testemunhou que Murray contou aos paramédicos que Jackson não tinha uma doença grave e estava apenas sendo tratado por estar desidratado, e que a única medicação que foi dada a ele foi o sedativo lorazepam. Ele disse que perguntaram repetidamente que medicações haviam sido dadas a MJ, Murray nunca mencionou o propofol.

- Senneff testemunhou que quando eles entraram pensaram que MJ era um paciente de hospício, pela sua aparência frágil e pálida, magro e com o carrinho para administração intravenosa e um médico particular ao lado da cabeceira.

- Senneff testemunhou que os paramédicos conectaram um eletrocardiograma a MJ mas ele não tinha mais batimentos cardíacos - suas mãos e pés estavam azuis e suas pupilas completamente dilatadas.

- Senneff testemunhou que apesar dos esforços em ressuscitá-lo e após três rodadas administrando adrenalina e atropina em MJ, os paramédicos não sentiam um pulso e suas tentativas de ressuscitar MJ não deram certo. Senneff testemunhou que Conrad Murray era a única pessoa que dizia sentir o pulso de MJ.

- Senneff testemunhou que Murray se recusou a pronunciar a morte de MJ no local.

- Senneff testemunhou que na UCLA Murray estava "andando de um lado para o outro, nervoso, suando, fazendo várias coisas ao mesmo tempo."

- No interrogatório da defesa, os advogados de Murray perguntam se a aparência de MJ (magro, fraco, pés azuis) poderiam ser sinais de um viciado em drogas. O juiz interrompe a pergunta.

Nota: segundo o Justice4MJ, Senneff nunca admitiu ou sequer respondeu a pergunta sobre vício em drogas: Senneff disse: "Como eu poderia saber isso?" E o juiz interrompeu aqui. Ele nunca respondeu "sim" a esta pergunta como alguns veículos da mídia estão publicando.

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